A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO.


10 de Março de 2012

Quem não conhece a famosa parábola do filho pródigo? Ela é o texto, por excelência, adaptado ao tempo Quaresmal em que nos encontramos. O que muitos não foram capazes de fazer até hoje, é trazer esta parábola para dentro de si;revivê-la na primeira pessoa do singular e sentir, ele próprio, o que aqui vem descrito.

O filho mais novo, pedida e recebida a herança, abandonou a casa paterna e gastou ou esbanjou tudo o que possuía, vivendo dissolutamente, em uma terra distante; em um país longínquo. E aqui poderíamos parar para iniciar nossa reflexão.

Um país longínquo, uma terra distante. Quem de nós nunca experimentou viver em um país distante, em uma terra longínqua, longe de Deus e da verdadeira pátria? Sim, caríssimos irmãos, embora muitos não tenham feito este trabalho de trazer a parábola e revivê-la em primeira pessoa do singular, esta tragédia aconteceu com muitos de nós.

Existem multidões que viveram e vivem em um país distante, em uma terra longínqua, pois há muito tempo estão afastados de Deus; vivem nas trevas, não vivem na luz; vivem na desgraça, e conscientemente pois estão cientes de estar na desgraça de Deus, devido aos pecados com que preenchem o próprio coração. Estão no estrangeiro.

Estas pessoas, que podem ser cada um de nós; posso ser eu e pode ser você; se dão conta da gravidade desta situação? Estas pessoas sabem que vivem uma única vida, que não será mais repetida em hipótese alguma? Estas pessoas estão preparadas a ir ao encontro de Deus, se a morte os surpreender, imediatamente, hoje ainda, neste estado?

Bem, até agora Deus usa de misericórdia, e não só como não quer a morte eterna do pecador; a sua condenação, vive à espera do filho pródigo, isto é, Deus vive em minha espera, e vive em sua espera, desde que concluamos, nós também, que vivemos no passado, quem sabe anos e décadas, ou estamos ainda vivendo no presente, longe da casa paterna; longe da graça de Deus e longe de Seu abraço, esbanjando, nós também, tempo e energia, com coisas que não levarão a nada, senão levar-nos, mais cedo ou mais tarde, a um beco sem saída em nossa própria existência.

Nós queremos trazer a parábola para dentro do coração. Ela é uma parábola não apenas evangélica, mas também Quaresmal. Nós gostaríamos de permitir que a graça de Deus, através do texto sagrado sobre o qual nos debruçamos hoje, não nos abandonasse em vão mas, para cada um de nós, trouxesse a graça escolhida da conversão. (*)

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Comentários

  • Manuela  On março 11, 2012 at 11:25 am

    A Paz de Jesus e o Amor de Maria
    No projeto de Deus para o homem, o objetivo principal sempre foi o seu retorno para Deus, ou seja, a completa conversão. Muitos agem como filho pródigo mas após sucessivos desencontros , acabam reconhecendo que é impossível viver o carinhoso abraço de Deus. E voltam.
    E Deus se alegra com isto.
    Gosto desta passagem.
    Abraços de carinho e amizade.
    Deus lhe abençoe.

  • Manuela  On março 11, 2012 at 11:29 am

    VIVER SEM O CARINHOSO ABRAÇO DE DEUS.
    Esqueci de escrever SEM…
    Deus lhe proteja Pe. Saraiva.

  • Manuela  On março 11, 2012 at 11:30 am

    Não tenho site.

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